terça-feira, 20 de abril de 2010

Nova Zelândia - Ilha do Norte

Chegámos à ilha do norte de ferry, atravessando o Estreito de Cook. A viagem de 3 horas é bastante suave e passa depressa. O ferry deixa-nos em Wellington, que sendo uma cidade muito menos populosa do que Auckland, é, no entanto, a capital da Nova Zelândia.

Acabámos por não ficar muito tempo em Wellington pois tínhamos uma ilha inteira para conhecer e, de facto, as atracções da Nova Zelândia ficam longe das grandes cidades. Mesmo assim, a breve passagem deu para testemunhar uma agradável vida de café e esplanadas junto da marina, e é nesta cidade que se respira uma maior actividade cultural.
Nesta ilha ainda parámos em Rotorua, o centro cultural por excelência do país, onde pudemos aprofundar os conhecimentos que trazíamos sobre a cultura do povo Maóri. Fomos jantar a casa de uma família maori, onde provámos a sua cozinha, testemunhámos rituais ancestrais e vimos os gaysers em plena explosão noturna. Os gaysers fazem lembrar as furnas nos Açores pelo cheiro a enxofre.

No entanto, aqui podemos presenciar momentos em que, depois de acumularem pressão debaixo da terra, os jactos sobem atingindo 30 metros de altura e criando uma nuvem gigante à sua volta. Claro, aqui fica a faltar um bom cozido das furnas cozinhado debaixo da terra...

Ainda tivemos a oportunidade de ver o Hakka e, no meu caso, de o aprender a dançar. Infelizmente (ou não!!) não temos fotos para o comprovar.
A caminho de Auckland fomos a Waitomo visitar as grutas. Estas têm a particularidade de formarem uma nave central como uma autêntica igreja, criando condições acústicas excelentes - razão pela qual vários casamentos e muitos concertos se passaram aqui, como o Sting, Elton John, e outros...

Mas, de facto, a grande particularidade destas grutas é guardada para o final onde, no maior dos silêncios e completamente às escuras, somos conduzidos, num lago interior, num barco puxado manualmente, para que não se quebre o silêncio. Olhando para cima, para o tecto, somos surpreendidos por milhares/milhões de luzinhas, como se de uma verdadeira constelação de estrelas verdes se tratasse! Estas "estrelas" são larvas que, para atraírem os insectos de que se alimentam, se tornam luminosas.

Finalmente chegámos a Auckland, a grande cidade com 1,2Milhões de habitantes (dos 4M do país), com a sua Sky Tower a fazer lembrar Sydney.Com ¼ da população daquela, acaba por ser menos movimentada, mas assim como Sydney, bastante simpática. Ficam as fotos....


Rumei mais a norte de Auckland, a Wangarei, para no dia seguinte ir mergulhar a Poor knights Island, para experimentar aquele que é considerado por muitos, entre eles Jacques Cousteau, o melhor mergulho subtropical do mundo.

Só percebi o que é que eles queriam dizer com sub-tropical quando entrei dentro de água... Sub-tropical stands for fundo sem cor, sem corais, sem peixes coloridos e sem nemo's & companhia. No fundo é o melhor local do mundo para mergulhar, de entre os maus locais maus, para mergulhar.
Talvez esteja a ser demasiado severo (leia-se a fazer género) pois, apesar de não ter nemo's & companhia, existe imensa vida e nunca vi tantas raias gigantes juntas como aqui! As raias estavam por toda a parte: na areia, curiosas dançavam à nossa volta, nas algas procuravam dissimular-se e nas rochas estavam na secção de lavagem, onde os peixes mais pequenos lhes removiam os parasitas, o que fez valer 100% o mergulho!!
Depois disto, tinha chegado o momento de regressar a Auckland para me despedir dos meus Pais que, apesar de não saberem ainda, tiveram de ficar retidos cerca de 6 dias em Sydney por causa do vulcão na Islândia. Entretanto chegara o momento de eu partir para o Chile para testemunhar mais de perto os terramotos!

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