quinta-feira, 25 de março de 2010

Outback Australiano - Uluru e Olgas

Depois da paragem obrigatória em Sydney por 6 dias, partimos para o Outback Australiano (deserto Australiano), mais concretamente para o Ayers Rock, que é o ponto mais próximo para se poder observar o Uluru e as Olgas.

Aterrar no Outback permite ter uma visão única sobre os terrenos áridos, desertos e ao mesmo tempo coloridos da zona. Uma galeria de arte natural que só do ar é possível ser apreciada!
O Outback é caracterizado por atingir temperaturas altíssimas (como qualquer outro deserto, ok…) mas também por ter a terra completamente encarnada! As condições climatéricas aqui são tão adversas que fazem com que praticamente ninguém consiga aqui viver, razão pela qual a Austrália tem uma densidade populacional tão baixa - é que de facto a grande maioria do país é um enorme deserto!

As moscas são tantas que a maior parte dos turistas usa redes na cabeça...
...O Tuga improvisou com a toalha do Hotel!
Com excepção dos aborígenes, povo natural do deserto Australiano. Estes caracterizam-se por serem nómadas, por se abrigarem em grutas, caçarem o que conseguirem, e por maioritariamente alimentarem-se de répteis. O grande e constante desafio das suas vidas é mesmo o da sobrevivência, que aqui se revela um full-time-job!

No primeiro dia fomos visitar o Uluru. Este rochedo gigante que se emerge a 310 metros de altura, numa planície de perder de vista, é uma rocha sagrada que tem um significado muito especial para os aborígenes locais. A rocha é de facto imponente e impressionante, mas é ao por do sol que ganha ainda mais beleza pois torna-se ainda mais encarnada!
Existe, para quem quiser, a possibilidade de subir ao Uluro. No entanto, os locais não gostam que isso seja feito, não por ser uma rocha sagrada (como eu pensava), mas sim porque já morreram inúmeras pessoas a tentar fazê-lo e eles não querem que situações dessas se repitam nas suas terras.
Como guia tínhamos uma aborígene e uma tradutora Japonesa. A aborígene explicava primeiro na sua linguagem, e posteriormente a Japonesa, que está a viver em Ayers Rock há 4 anos, traduzia para Inglês. Algo que soava um pouco a falso, dada a quantidade de vezes que a Japonesa já tinha feito o tour!!
Depois de tentarem fugir a inúmeras perguntas sobre a vida dos aborígenes nos dias de hoje (falavam sempre da vida no passado, quando viviam em grutas) para o turista ficar com ideia de que ainda hoje eles viveriam como há 50 anos atrás, perguntei directamente se a nossa guia e/ou os seus familiares ainda iam caçar para se alimentarem ou, assim como nós, iam “caçar” ao supermercado! A resposta foi a previsível: assim como nós vão ao supermercado, e a avaliar pela foto também devem ir à mesma loja de telecomunicações, não estivesse o seu telemóvel Samsung pendurado ao pescoço!
O dia seguinte foi guardado para as Olgas, que depois de se ver o Uluru acaba por ser um pouco mais do mesmo. No entanto, ao contrário do Uluru que é um rochedo maciço, as Olgas estão partidas em vários rochedos mais pequenos, o que nos dá a oportunidade de ficar rodeado por paredes gigantes à nossa volta!
Acabámos por ficar 3 dias no deserto, o que nos deu para descansar e para experimentar o tradicional BBQ com carne de crocodilo, de canguru e de vaca (esse animal raro!).
No meio do deserto, com dois rochedos (ainda que muito bonitos e imponentes) apenas para serem visitados, o turista dificilmente se vai embora sem deixar para trás mais alguns dólares do que tinha planeado inicialmente, tal são as diferentes opções disponíveis para visitar as pedras!

Pode-se ir visitar o rochedo de avião, de helicóptero, de moto, de camelo, pode-se jantar em frente ao rochedo, pode-se ter um tour normal, outro com champanhe, etc! Seria difícil imaginar mais maneiras de o fazer!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Sydney

Com relativamente pouco tempo para ver um país tão grande, decidimos concentrar-nos nos highlights com a finalidade de ter mais tempo para cada sítio (muito na linha do less is more de que tanto se fala nos nossos dias).

Assim sendo, o plano traçado foi Sydney, Ayers Rock e por fim a Grande Barreira de Coral!!

Sendo a ópera de Sydney um icon incontornável da cidade, começámos precisamente por aí! As nossas primeiras horas no país (e na cidade) foram passadas a visitar a Ópera e a comprar bilhetes para "La Traviata" de Verdi para Sábado à noite (Muito bom!!). Com os bilhetes em nosso poder estávamos preparados para ir conhecer a cosmopolita cidade com que nos deparávamos.
Peça de teatro projectada na Ópera
Começámos por um passeio de barco que nos permitiu ficar com uma perspectiva diferente da baía e da cidade. Os imponentes arranha céus ganham outra dimensão quando avistados do mar, ficando enquadrados pela ponte de um lado e pela Opera do outro. Temos diante de nós a imagem ex-libris da cidade, que me tinha habituado a ver na televisão. Tinha chegado oficialmente a Sydney!
Neste passeio fomos até Darling Habour, onde voltámos à noite para jantar. Pudemos testemunhar o ambiente cosmopolita e descontraído que fez com que voltássemos por diversas vezes. Passeámos pela zona The Rocks, o berço da cidade.

Darling Harbour
O passeio de barco foi bastante agradável, no entanto é substituível pelo ferry que liga a cidade a Manly (no que a distâncias diz respeito Manly está para Sydney como Almada está para Lisboa) que viemos a fazer uns dias mais tarde. O Ferry (A.K.A. cacilheiro) liga as duas cidades em cerca de 30min. e leva/traz as pessoas que vivem em Manly e vão trabalhar a Sydney. Este tem a vantagem de acrescentar uma vista inigualável ao pôr-do-sol sobre a baía de Sydney.

Ferry que liga Sydney a Manly
Vista do ferry no regresso a Sydney
Manly é uma cidade pequena que, através das simpáticas esplanadas e da praia, oferece um ambiente descontraído e de veraneio mesmo às portas da cidade.

Fomos também ao Sydney Fish Market, que (como o próprio nome indica) é um mercado de peixe. Tem a particularidade de se poder comprar qualquer tipo de pescado/marisco acabado de chegar do mar, que é cozinhado na hora e pode ser comido logo ali numas mesas sobre o porto. As opções recaíram sobre Ostras (frescas), Lagostas (frescas) e Gamb(i)as (frescas)!
Ainda tivemos a oportunidade de visitar o Sydney Aquarium, que apesar do infindável número de tubarões que nadam sobre as nossas cabeças, acaba por ficar um pouco aquém das expectativas para quem tem o Oceanário de Lisboa por perto. Seja como for, o Dingo, principal atracção do Aquarium, faz valer a pena uma visita.
A cidade tem um pulmão formado por dois grandes jardins que fazem fronteira: o High Park e o Botanic Garden, este chega até à baía e à Opera. O Botanic Garden tem espécies de árvores de todo o mundo, inclusivamente Sobreiros tão característicos do Alentejo. As árvores maiores do parque estão sobre-lotadas de morcegos!!
A cidade, que na sua arquitectura é um misto de Londres e NY, é cheia de vida, inumeros restaurantes, bares e esplanadas cheios de jovens a viver a cidade, a baía é aproveitada da melhor maneira e há sempre alguém a fazer desporto à beira mar.
Sydney é uma cidade onde apetece viver, e o único defeito que tenho a apontar é mesmo ser tão longe de casa...

Thinking too much in Sydney!!
Walking socks

quinta-feira, 18 de março de 2010

Back to Singapore!!

No avião de Bali para Singapura, dei por mim a pensar quando é que teria sido a última vez que tinha feito uma viagem com os meus pais. A verdade, e apesar de termos viajado muito juntos, apercebi-me que a última vez tinha sido há 4 anos atrás...

A realidade é que a partir de determinada altura passei a viajar com os amigos, com a namorada ou até mesmo sozinho...

Com muitas saudades e consciente do privilégio que é estar prestes a viajar com os meus pais, regressava agora a Singapura para os encontrar e para juntos viajarmos um mês por Singapura, Austrália e Nova Zelândia.

Encontramo-nos no hotel e juntos fomos visitar Singapura... Não vimos mais do que aquilo que eu tinha visitado e relatado no post anterior sobre Singapura. A cidade é de facto pequena e 3 dias são suficientes para se ficar com uma ideia real do que é a cidade forçosamente organizada de Singapura.

Aproveitei sim para ver algumas coisas mais em pormenor, visitar o museu sobre a evolução da civilização asiática que ajuda a perceber as diferentes origens do povo de Singapura e dar um passeio de barco pelos canais.

No Museu de Civilização Asiática
Clark Quay
Raffles Place - o centro financeiro
Little India - A outra face de Singapura
Passados 3 dias em Singapura e com os meus pais já restabelecidos do jet-leg, partimos para a Austrália.

terça-feira, 16 de março de 2010

Birmania - The movie

O Last Stop (seja lá ele quem for) pede desculpa por só agora ser postado o filme da Birmânia.


segunda-feira, 15 de março de 2010

Indonesia and the Sombrero Family!!

For all the Sombreros, the following post will be written in English so that every sombrero named in this sombrero post will be able to understand it.

My way to Bali was delayed for some days. I thought that I had booked my flight for Monday (instead of Sunday) therefore when I got to the check-in counter the lady told me that I didn´t have a flight on that day. I realized that I was at the right place at the wrong time and as the flights were cheaper to Jakarta I decided to give it a go and check the capital of the country.

I was in Jakarta for 3 days, the 10 millions habitants make it one off the highest population density city in the world… chaotic, polluted and tiring it’s a nice city to see but a not very pleasant one to stay. And somehow I had the feeling that something greater then “just a city” was waiting for me… :)

I have landed in Bali and against all my plans (once again…) I told to the Taxi driver to take me to Kuta (I did not wanted to go there on the 1st place but as it was already late it seems reasonable to go there since it’s the place with the widest accommodation offer).

I have spent 5 days in Kuta (far too much), nevertheless I have rented a motorbike that allowed me to explore other sites on the island and other beaches. On the day before I have decided to leave the island I met Andrew (Canadian, was living in Australia for the last 3 years and is now on his way back to Canada) on the hostel swimming pool. On the very same day we have decided to visit the Wualuatu temple on the south of the island to see the sunset (together, without knowing we became 2 sombreros travelling together in Indonesia). We drove our scooters down to the temple, however only one came back since until today we do not know what happened to Andrew’s scooters key…

We got back later in the evening (on one motorbike) to have dinner in Kuta with another fellow from our hostel named Bosko (not a sombrero!).

We left on the next day to Ubud, a small village on the centre of Bali named by many the cultural heart of the island. Here we rented a car for the day and checked many temples and spiritual ceremonies. On our hotel in Ubud we met Belu (Argentinean, that had been travel for some time in southeast Asia and had 2 weeks left before going back to Buenos Aires… or to London) and Mathew (English, from Manchester an amazing photographer enjoying his vacations from work).
After talking with them for a while Belu decided to come with me and Andrew to Gili T. On the next day (and we became 3 sombreros!!) while Matt kept his plan (but not for long!! :)) and make his way to the volcano top.
In the meanwhile other 3 units of the sombreros family were being formed around the island!!
First, on the bus, we discover Nicolas and Pedro (Chileans, that had just finished university and are doing a 3 month trip in Southeast Asia) and Gonzalo (Mexico, living in Normandy on his anual big trip) Second, on the boat (from Lombok to Gili T.) the other 3 unit formed by Lariza and Elin (Sweden, on a big traveling as well, they had just arrived from Australia) and Henrique (Argentina, the mighty sombrero had decided to take one month of from work to travel).
By the time we step into Gili T. we were already (without knowing) the first stage of The Sombrero Family. We started the usual hotel search, but this time instead of being 1 or 2, we were 9!! And we wanted to stay together, as families do! 2 hours later the family had already found its own hotel and had gone for a late night swim (under a serious attack of sea creators). Despite that, we stuck together and one by one we introduced ourselves and explained why we were there, why did we decide to do this trip, from where we came and where we were going to… 15 min after we ended the nonsense (after all we have been bitten for the last 15min.) and went for a late dinner on the beach. With Bintang as company, with Andy covering songs on demand, together we gave the official kick off for an amazing week to come.
On the next day´s too came we discover the spectacular Bierdronka couple, Michael and Agnieszka (Poland, that are going to travel for quite a long time on this side of the planet) that added to the family an amazing easy going vibe!! We also adopted Andre (Canadian, almost Andrew’s neighbor back home – not something unexpected since Andrew met more Canadians on this 12 days than on the last 4 years of his lifeJ). And the last member to arrive to the island was Matthew.
Finally, after visiting the volcano he was now ready to join us and to close the family in 13 members!! Well, to be truthfully to the facts we became 14, but that was only after meeting Jimmy and that took Nicolas quite a hard work on that afternoon…


During the next days we hang around together, half of us did scuba diving or took a PADI certification, others did snorkeling, we had meals together, we spend long…loooonng…long afternoons under our hut and the brave ones walked further away from the Mexican restaurant (80 meters from our hotel).

We also rented a boat to drag ourselves to the other Gili Meno and to Gili Air. Here we also did some snorkeling with the exception for the injured members Pedro and Matthew. Both of them with bandages, Pedro in the foot after an amazing live dance performance on stage and Matthew that almost lost his finger toe trying to stop the fan of his room (Sorry mate, can´t make it look any better than this, but it was brave anyway - ahah)
Me and Quique, had the chance of making some good friends on the diving school such as the ginger guy (don’t remember his name) with an amazing night dive (right Quique?!) and Guido that already loved us for the perfect homework even loved us more after the underwater photography course that we took when his camera went for a swim with us.
Quique and Jimmy
me...
Elin

Gladly the Portuguese press was aware of the Sombrero´s Phenomenon and The Family was on the news in a Portuguese news paper!

All comes down to this, and I have the feeling that I can speak for all of us; it was an amazing week that we won’t forget in our life time!! :)

Sombreros,
João Sombrero

PS: Now that we were all touched by the sombrero spirit I think that we are forced to share it with the world and help others to achieve enlightenment like we did. I would kindly ask you to explain the Sombrero state of mind to others…

PS2: All of you are more than welcome in Lisbon!! Come anytime (from July onwards) because mi sombrero és tu sombrero!!