sábado, 16 de janeiro de 2010

Um pouco mais do Bodja..

Depois de visto Angkor Wat, decidimos ir para sul a caminho das praias do Cambodja (daqui em diante, Bodja).

Rumámos a Sihanoukville, que é uma estância balnear frrequentada tanto por locais como por turistas. E foi precisamente neste percurso que fui assaltado... O autocarro parou a meio caminho (como de costume) e as pessoas sairam para comer e esticar as pernas. Eu, que apenas queria ir à casa de banho, ainda ponderei levar a mochila comigo...mas não. E lá fui à casa de banho enquanto a MJ comprava a sua milésima quarta manga da viagem.
De regresso ao meu lugar (passado cerca de 5 min.) (Sim, lavei as mãos!), a mochila continuava no mesmo sitio (no compartimento por cima das nossas cabeças). Seguimos viagem e passado algum tempo, MJ lembra-se de ouvir música e pede-me o Ipod emprestado. Foi então que, ao procurar na minha mochila, me apercebi que tinha sido roubado!! E que me faltava não só o ipod, mas tb a máquina fotografica, o computador e com ele as minhas fotografias dos ultimos 2 meses de viagem (Tailandia, Laos e Bodja)!!!
Fui imediatamente ter com o motorista explicando-lhe a situação. Este ligou para a policia e juntos revistámos todos os passageiros presentes no autocarro (com a fúria que estava acho que ate a MJ revistei!), mas sem sucesso pois o ladrão deve ter ficado na paragem que fizemos ou deve ter saido antes de eu me ter apercebido do roubo...

Já em Sihanoukville, as praias acabaram por nos desiludir e por isso decidimos aproveitar o tempo de outra forma. Fomos ao cinema (um maluco de um Inglês, que está a viver em Sianok, abriu um cinema intitulado "Top cat"! Este cinema nao é mais do que a casa dele, sendo que ele aluga os seus quartos e disponibiliza N filmes que saca da net, com pizzas e coca-colas a acompanhar). Também aproveitámos para jogar ping-pong (sorry MJ!), snooker (sorry again MJ! :) e experimentámos os melhores restaurantes da zona.
Depois de eleitos os nossos pratos favoritos (Fresh Spring Rolls e FishAmouk) decidimos ter uma aula de cozinha Kmer para aprender a confeccioná-los quando voltássemos a Portugal. As receitas, para além de muito elaboradas, têm ingredientes que devem ser praticamente impossiveis de encontrar nas praças portuguesas. Seja como for, valeu muito a pena a experiencia intitulada pela MJ e Jonas de "à roda do Taxo"! A Mj, na esperança que eu fosse o único a aprender, ainda teve tempo para simular uma (pseudo) quebra de tensão em plena classe...No final, em jeito de castigo, a professora/cozinheira obrigou-nos a comer os nossos proprios pratos! Bastante aceitável, diria eu, talvez pelas expectativas serem pequenas... (Mas era mm preciso começar às 8h da manha!? Ninguém tem fome a essa hora...).
Depois da aula terminada e sem muito mais para descobrir em Sianouk decidimos partir para as ilhas com a finalidade de experimentar o mergulho no parque nacional maritimo do Bodja! Ficámos alojados no único sitio possivel na ilha (que pertencia à escola de mergulho) a uns escassos metros da praia. A ilha é dos melhores sitios onde já alguma vez tive para praticar o dolce fare niente! Nao se passa NADA! E os horários são completamente comandados pelo sol dado a falta de energia elétrica.
Existem apenas 10 casotas (se tanto) de pescadores, cujas filhas desenrascam no único restaurante/bar daquele lado da ilha, 6 bungalows e um pontão onde se guardam os equipamentos de mergulho e de onde o barco parte. Fizemos 2 mergulhos, onde vimos raias, nemos (os amigos da MJ), barracudas e muitos outros seres pequenos que nunca tinhamos visto antes e que nem sabiamos que existiam. E ainda fomos seguidos por um cardume de peixes que se entusiasmou com o fato amarelo do Jonas... Segundo nos disse o dono da escola de mergulho (excitadissimo - mostrando revistas do nathional geografic com reportagens do local) o sitio é único no mundo para observar bicharada de pequena dimensão. Nós, pessoalmente, ficámos um pouco desiludidos pois ainda estamos numa fase do mergulho em que quanto maior melhor... Num dos mergulhos, onde tivemos pouca visibilidade, ainda tivemos tempo para perder um italiano que estava no nosso grupo, mas felizmente encontrámo-lo à superficie.

Uma vez no bungalow, ainda tivemos de nos bater com morcegos, aranhas maiores do que as nossas mãos e todo o tipo de insectos, dado que o tecto do bungalow era aberto dos lados e as tábuas de madeira tinham cerca de 5cm de espaço entre elas. Digámos que o turismo pouco desenvolvido tem as suas desvantagens..
Regressámos ao Bodja continental mais cedo com a finalidade de deixar algum tempo para a capital, Phonm Pen. A cidade enquadra-se na tipica descrição de cidade do 3ro mundo. É desorganizada, poluida e caótica, mas ao mesmo tempo é autentica e tem vida própria, ou seja, nao vive para o turismo, nem vive dele.
Aqui, voltei a cortar o cabelo, desta feita num salão de beleza para senhoras, pela módica quantia de 1,3euros. Batendo assim a marca, já de si bastante boa na ilha tailandesa (Ko Panghan), de 2 euros. Ainda fomos visitar os killing fields, nos arredores de Phnom Pen. Numa experiência que se deve assemelhar em muito às visitas aos campos de concentração Nazi na Alemanha. De facto, custa a acreditar que ali mesmo onde estamos há poucos anos atrás eram mortos em média 300 pessoas por dia; que muitas, no meio da confusão, eram enterradas vivas e que no final lhes era atirado ácido sulfurico por cima para não deitar cheiro (o que poderia levantar suspeitas nas redondesas) e para matar as que ainda estavam vivas.
Segundo a placa no local, aqui foram mortas mais pessoas pelo regime Pol Potz do que pelo Hitler... Para quem ainda nao viu, recomendo o filme Killing fields (com o Jonh Malkovich) para ficarem a par do massacre Humano que se passou nesta zona.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Os templos de Angkor Wat

Depois de uma semana de vida dura nas ilhas tailandesas (Not!!), decidimos seguir viagem para o Cambodja.

Depois de uma breve passagem por Phom Pehn, começámos por nos instalar em Siem Reap para ficar o mais próximo possivel dos templos de Angkor Wat. Siem Riep é hoje em dia um dos destinos mais populares do mundo, recebendo cerca de 2 milhões de turistas por ano (um pouco mais do que os 12 mil que o Butão recebe no mesmo periodo de tempo). Estes números fazem logicamente de Siem Reap uma vila turistica. Nao é "real", no sentido em que não é o Cambodja tradicional. Mas, pelo menos, é um turismo com gosto, boémio; os bares são simpáticos, o artesanato é original, os restaurantes convidativos... Em suma, é o ideal para se passar uns dias de descanço.

Durante o dia, pagávamos 12eur a um Tuk Tuk para nos levar 1 dia inteiro a conhecer os vários templos à volta de Siem Riep. Foi sem dúvida o nosso ponto alto da viagem. Os templos foram descubertos à relativamente poucos anos e tornaram-se ainda mais famosos com o filme Tomb Raider protoganizado por Angelina Jolie.

Não nos lembramos de ter visto até à data, no que a templos diz respeito, algo que seja comparável a Angkor Wat. A quantidade de templos que existe no parque chega a ser absurda. Comprámos um pass de 2 dias. Apesar disso, nao nos cansámos de visitar templo após templo, dado que o templo seguinte acabava sempre por nos revelar algo de novo em relação ao anterior.
O mais famoso é o templo de Ankor Wat, o maior templo de todos, construido no século XII em honra da deusa hindu Vishnu.

Logo a seguir, destaca-se o templo Bayon, com as suas famosas caras (cada cara correspondía a uma provincía...caso estivesse a sorrir, significava que a provincia era rica; caso contrario, era pobre).
Em terceiro lugar, encontra-se o templo Ta Prohm, famoso pela invasão da floresta tropical, com as raízes das árvores centenárias a invadirem os templos.
No final do primeiro dia, rumámos para Phnom Bakeng, templo construído no topo de uma montanha e lugar perfeito para apreciar o pôr-do-sol. Desvantagem: a partir das 17h, o templo enche-se de turistas de tal maneira, que até tivemos direito a uma discussão acesa entre 2 asiáticas por um lugar...
No terceiro e último dia em Siem Riep, optámos por visitar uma aldeia flutuante, onde tudo se passa em cima de água. Vimos escolas, igrejas, casas e lojas flutuantes, e os carros/motos/bicicletas são substituidos por barcos, canoas ou simples alguidares.

Conclusão, Siem Riep (e arredores) é um destino incontornável para quem se aventure por estes lados da Ásia.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Bom Ano Novo 2010!

Já com a MJ na mala, fomos para a ilha de Koh Samui dar as boas vindas a 2010!

Nesta ilha, a Meia Noite é passada na praia debaixo de um intenso fogo de artificio (literalmente “debaixo”, dado que os estilhaços caíam sobre as nossas cabeças). Para além do fogo de artifício "oficial", havia pequenos “home made devices” a explodirem um pouco por todo o areal!










Para além disso, a tradição tailandesa contempla lançar balões com velas no seu interior, que ao serem acesas, aquecem o ar e o balão começa a subir sem parar. Depois da Meia Noite, o céu estava completamente CHEIO de "estrelas"! E nós decidimos lançar o nosso próprio balão, tendo direito a 3 desejos..
Dia 1 de janeiro de 2010, cansados dos passeios de scooter e das praias de Koh Samui, decidimos seguir viagem rumo à ilha Koh Tao, conhecida pelo excelente mergulho que proporciona. Aí ficámos 3 dias, aproveitando para fazer praia, massagens que se revelaram ser Tailandesas (P.S. Embora tenhamos pedido expressamente para não fazerem massagem tailandesa, mas sim a massagem “normal” com óleo, os massagistas Thais, q não percebiam um charuto de ingles, não perderam a oportunidade de nos pisar, torcer e esticar…) e mergulho! A sensação de mergulhar nas águas de Koh Tao é praticamente a mesma que mergulhar num desenho animado, pois vimos peixes de todas as cores (inclusive o famoso “Nimo” de 4 cm, que conseguiu desafiar [e assustar!] a MJ, que se estava a aproximar demasiado da sua cria), cardumes de barracudas, moreias, alforrecas, peixes trigres, peixes morcegos, peixes balão, etc..

Foi também nesta ilha que a nossa experiência com roubos começou.. Fomos jantar a um restaurante mesmo em frente à praia onde, segundo a tradição tailandesa, tivemos de deixar as nossas hawaianas à porta, sendo que terminámos o jantar com o Jonas a ir para o bungalow descalço…