sábado, 22 de maio de 2010

Bike tour

No último dia em Atacama, decidimos alugar bicicletas e aventurarmo-nos pelo deserto.

O objectivo final era chegar até à Garganta do Diabo.

No entanto, como tem vindo a ser costume nesta viagem, o inesperado (que se tem vindo a tornar previsível) aconteceu: enganamo-nos no caminho e fizemos mais de 9km em sentido contrário!

Depois de nos apercebermos do sucedido, tínhamos de voltar rapidamente para o ponto de partida para chegarmos ainda de dia à Garganta do Diabo.

Foi à "old school", de polegar esticado, que conseguimos boleia para nós e para as bicicletas.
Dali a pouco tempo, estávamos de novo em São Pedro prontos para partir (novamente) para a Garganta do Diabo.

Para chegar até à Garganta, ainda tivemos de atravessar rios, montanhas e vales, mas valeu todo o esforço pois a Garganta do 666 é um local único onde parece que as rochas se afastaram apenas o suficiente para nós podermos passar com as nossas bicicletas.

Fica o filme

quarta-feira, 19 de maio de 2010

São Pedro de Atacama – o oásis no meio do deserto!



São Pedro de Atacama é um pueblo bastante pequeno (menos de 2.000 habitantes) situado às portas do Deserto de Atacama. Este deserto é o mais alto e mais árido do mundo pois aqui raramente chove!

É um pueblo muito simpático onde apetece ir ficando e onde sabe sempre bem voltar depois de mais um dia de “exploração” nos arredores!

Enquanto estávamos na Baía Inglesa, fomos informados que choveu em Atacama a mesma quantidade de chuva que costuma chover no ano inteiro.

Este fenómeno normalmente leva ao aparecimento do deserto florido, o que desta vez não aconteceu, com muita pena nossa. No entanto, as paisagens que vimos são simplesmente únicas e fazem valer muito a pena uma visita a este deserto!!

Baía Inglesa

O destino que se seguia, depois de Vale Paraíso, era São Pedro de Atacama. No entanto, devido à grande distância entre as duas cidades, decidimos fazer uma paragem a meio caminho na Baía Inglesa.

No dia e meio que estivemos na Baía Inglesa matámos saudades de praia, onde avistámos uma Africana, um pouco deslocada mas com bastante ritmo (ver filme, por favor!!!), e passámos o resto do tempo (mais de 15h!) sentados no restaurante Punto de Referencia a consumir tudo o que conseguimos!

Restô: Punto de Referencia
Baía Inglesa com um (bom) toque Português!
Casal de alemães a viajar há 9 anos, chegaram agora à América do Sul prontos para mais 3...

O nosso...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vale paraíso (mas pouco)!!

Vale Paraíso fica a 1,5h de Santiago e foi-nos descrito por um brasileiro como uma grande favela! Se para um brasileiro não faz sentido ir visitar favelas, dado que as têm à porta de casa, para 4 portugueses a ideia não pareceu tão disparatada e decidimos ir ver por nós próprios!

De facto, a descrição faz todo o sentido. Vale Paraíso (?!) é mesmo uma favela grafitada que assenta nas montanhas mais inclinadas que já alguma vez visitei, fazendo de cada passeio, por mais pequeno que seja, um verdadeiro desafio!

Vale Paraíso foi ainda palco para os primeiros desentendimentos no grupo, fica o filme…
Os grafites da Joana
Os grafites da Sara
mais grafites

O hostel
A cidade

sábado, 15 de maio de 2010

Back to Santiago!!

Voltei a Santiago para regressar ao meu plano inicial: seguir para Norte até ao Equador, passando por Bolívia e Peru.

Em Santiago, para além de retomar a minha rota, foi também o meeting point com Joana Valente, Inês Seco e Sara Caldeira (daqui em diante JV, IS e SC respectivamente), a viajarem juntas pela América do Sul - Viagem muito bem documentada no blog correratrasdomundo.blogspot.com

Em comum, na bagagem, tempo e muita vontade de viajar!!

Para já, os planos de viagem são comuns, pelo que se adivinha que vamos viajar juntos nos próximos tempos. Juntos formamos o maior grupo de portugueses com que me cruzei desde Setembro do ano passado. Na realidade, o maior grupo até agora era formado por 2...
Da esquerda para a direita temos: JV, Eu, IS, SC, Tiago "o Zuca"

O dia de encontro coincidiu também com o aniversário da SC. Depois do jantar, fomos a um bar de karaoke, onde depois de tomarmos conta do palco, demos tudo o que tínhamos para proporcionar um bom parabéns a você. Fica o filme que faz alguma pena…
Apesar de termos ficado com a ideia de que tínhamos tido uma boa prestação, essa ideia foi rapidamente esquecida depois da prestação da japonesa e do brasileiro que estavam no nosso hostel. Enfim, mais pena…
No Hostel Plaza de Armas

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Argentina: Mendoza - Montanhas e Vinhos

Passados 5 dias de estar em Santiago, decidi dar um salto à Argentina para visitar Mendoza, a zona de vinhos que não tinha tido a oportunidade de visitar quando estive no pais há dois anos atrás…

Mendoza como cidade em si acaba por não ter nada de especial. São de
facto as vinhas nos arredores que fazem valer a pena uma visita. Tirei um dia para fazer um tour pelas diversas vinhas da região, e em todas as que passei as rolhas eram importadas de Portugal! Fiquei ainda a saber de uma informação bastante importante para ocasiões futuras: ao visitar uma adega de vinho biológico (onde não é utilizado nenhum componente químico no processo de fabrico), foi-me dito que estes vinhos, mesmo bebidos em boas quantidades, não deixam dor de cabeça no dia seguinte (sem dúvida a experimentar!).
A melhor parte desta incursão pela Argentina foi sem dúvida, para além do vinho, a travessia pela cordilheira dos Andes que tive de fazer. Os Andes fazem de fronteira natural entre os dois países e as paisagens são de fazer cortar a respiração.



terça-feira, 11 de maio de 2010

Chegada ao Chile

Saí da Nova Zelândia às 17h do dia 19 de Abril e aterrei no Chile às 12h do mesmo dia. Tinha oficialmente "dado a volta" e ganho tempo ao passar pela Linha Internacional de Data, (linha esta que permitiu a Phileas Fogg dar a volta ao mundo em 80 dias e não 81) , o que foi bom porque passamos a nossa vida inteira a queixarmo-nos que nunca temos tempo para nada... e aqui até deu jeito! Especialmente passar as minhas primeiras 20h em Santiago a curar o jet-leg que o tal ganho de tempo me proporcionou.

Fui recebido no hostel pelo recepcionista Cristiano que, mesmo antes de me mostrar o quarto, fez questão de partilhar comigo as imagens gravadas pelas câmaras de segurança do hostel durante o terramoto que
tinha ocorrido há pouco tempo... no vídeo, a preto e branco, podiam ver-se as mais diversas situações: desde portas a abrir e a fechar, candeeiros a baloiçar e a fundirem-se, livros a caírem das estantes e vários hospedes a correr pelos corredores com a roupa que tinham mais à mão, na maioria dos casos pouca!

Nos meus primeiros dias de Santiago, limitei-me a deambular pela cidade
de máquina fotográfica na mão. Fica aqui o resultado desta primeira incursão pela capital chilena.

Vista do Hotel - Plaza de armas
Sinais do Terramoto
Graffitis em frente à casa de Pablo Neruda
Palhaço de rua

terça-feira, 20 de abril de 2010

Nova Zelândia - Ilha do Norte

Chegámos à ilha do norte de ferry, atravessando o Estreito de Cook. A viagem de 3 horas é bastante suave e passa depressa. O ferry deixa-nos em Wellington, que sendo uma cidade muito menos populosa do que Auckland, é, no entanto, a capital da Nova Zelândia.

Acabámos por não ficar muito tempo em Wellington pois tínhamos uma ilha inteira para conhecer e, de facto, as atracções da Nova Zelândia ficam longe das grandes cidades. Mesmo assim, a breve passagem deu para testemunhar uma agradável vida de café e esplanadas junto da marina, e é nesta cidade que se respira uma maior actividade cultural.
Nesta ilha ainda parámos em Rotorua, o centro cultural por excelência do país, onde pudemos aprofundar os conhecimentos que trazíamos sobre a cultura do povo Maóri. Fomos jantar a casa de uma família maori, onde provámos a sua cozinha, testemunhámos rituais ancestrais e vimos os gaysers em plena explosão noturna. Os gaysers fazem lembrar as furnas nos Açores pelo cheiro a enxofre.

No entanto, aqui podemos presenciar momentos em que, depois de acumularem pressão debaixo da terra, os jactos sobem atingindo 30 metros de altura e criando uma nuvem gigante à sua volta. Claro, aqui fica a faltar um bom cozido das furnas cozinhado debaixo da terra...

Ainda tivemos a oportunidade de ver o Hakka e, no meu caso, de o aprender a dançar. Infelizmente (ou não!!) não temos fotos para o comprovar.
A caminho de Auckland fomos a Waitomo visitar as grutas. Estas têm a particularidade de formarem uma nave central como uma autêntica igreja, criando condições acústicas excelentes - razão pela qual vários casamentos e muitos concertos se passaram aqui, como o Sting, Elton John, e outros...

Mas, de facto, a grande particularidade destas grutas é guardada para o final onde, no maior dos silêncios e completamente às escuras, somos conduzidos, num lago interior, num barco puxado manualmente, para que não se quebre o silêncio. Olhando para cima, para o tecto, somos surpreendidos por milhares/milhões de luzinhas, como se de uma verdadeira constelação de estrelas verdes se tratasse! Estas "estrelas" são larvas que, para atraírem os insectos de que se alimentam, se tornam luminosas.

Finalmente chegámos a Auckland, a grande cidade com 1,2Milhões de habitantes (dos 4M do país), com a sua Sky Tower a fazer lembrar Sydney.Com ¼ da população daquela, acaba por ser menos movimentada, mas assim como Sydney, bastante simpática. Ficam as fotos....


Rumei mais a norte de Auckland, a Wangarei, para no dia seguinte ir mergulhar a Poor knights Island, para experimentar aquele que é considerado por muitos, entre eles Jacques Cousteau, o melhor mergulho subtropical do mundo.

Só percebi o que é que eles queriam dizer com sub-tropical quando entrei dentro de água... Sub-tropical stands for fundo sem cor, sem corais, sem peixes coloridos e sem nemo's & companhia. No fundo é o melhor local do mundo para mergulhar, de entre os maus locais maus, para mergulhar.
Talvez esteja a ser demasiado severo (leia-se a fazer género) pois, apesar de não ter nemo's & companhia, existe imensa vida e nunca vi tantas raias gigantes juntas como aqui! As raias estavam por toda a parte: na areia, curiosas dançavam à nossa volta, nas algas procuravam dissimular-se e nas rochas estavam na secção de lavagem, onde os peixes mais pequenos lhes removiam os parasitas, o que fez valer 100% o mergulho!!
Depois disto, tinha chegado o momento de regressar a Auckland para me despedir dos meus Pais que, apesar de não saberem ainda, tiveram de ficar retidos cerca de 6 dias em Sydney por causa do vulcão na Islândia. Entretanto chegara o momento de eu partir para o Chile para testemunhar mais de perto os terramotos!