Com 12 dias apenas para estar no Vietnam, decidi concentrar-me no sul do país. O país é tão comprido que tem simultaneamente diferentes estações do ano. Assim, nesta altura do ano enquanto no Norte é a época de chuvas, no Sul é a época seca.
Aterrei em Ho Chi Min (A.K.A. Saigão) e as primeiras impressões da cidade foram agradáveis pois é uma cidade muito cosmopolita e, para quem tinha acabado de chegar de 3 semanas da Birmânia, soube bem a agitação sentida nas ruas.
A cidade tem 8,5 milhões de pessoas e estima-se que tenha mais de 7 milhões de motas, o que faz com que a simples tarefa de atravessar a rua se torne numa verdadeira aventura.
Estive apenas 1 dia na cidade pois ia voltar mais tarde para me encontrar com o David (Espanhol com quem tinha viajado no Laos, que tinha ido passar o Natal e a passagem de ano a Madrid e voltava agora para retomar a sua viagem), com o António Guerreiro (amigo de toda a vida) e a Pascaline (amiga para toda a vida) a viverem em Shangai.
Parti então para o Delta do Rio Mekong (rio que já tinha navegado no Laos, no Cambodja e na Tailândia) pois tinha curiosidade de ver o maior e supostamente mais autêntico mercado flutuante de todo o sudeste asiático, bem como todo o mundo de água que o rodeia.
Ao informar-me de como poderia chegar até à zona do Delta do Mekong, decidi (pela primeira vez nesta viagem) inscrever-me num tour de 3 dias, pois dali a 4 teria de estar de regresso para me encontrar com o David.
O tour que à primeira vista me pareceu uma boa opção (pois dava uma boa cobertura da zona para o tempo que eu tinha) acabou por se revelar uma “prisão” e demasiadamente turístico. E cansado de esperar nas lojas de souvenirs e de ter um guia para me dizer quando devia ir (ou não) à casa de banho, decidi sair do tour no segundo dia e continuar a viajar por mim. Seja como for, no tour ainda tive a oportunidade de visitar um “viveiro” de crocodilos e a respectiva loja com cintos, carteiras e sapatos feitos a partir da sua pele, uma produção de noodles e uma produção de caramelos de coco, doce tradicional desta área.
Com a minha liberdade restabelecida e sem horários colectivos para cumprir, decidi deambular para cidade de Mithos onde, passado algum tempo, encontrei um grupo de locais a jantar à porta de sua casa. Parei para pedir indicações e acabei por ficar para jantar… De facto esta família conseguiu destruir todos os estereótipos que eu tinha pré concebido sobre os Vietnamitas. Em vez do povo frio e de certa maneira antipático, encontrei uma família acolhedora, que fazia gosto em ter ali um estrangeiro que nunca tinha visto na vida a jantar e a beber com eles. A família, mesmo sem falar inglês (sim, era muito na base de mímica ou de poucas palavras que o elemento mais novo sabia em Inglês) levantava-se frequentemente para ir ao restaurante em frente para me oferecer cervejas. Todos (à vez) queriam brindar shots comigo com a bebida local de Vinho de Banana…a pior coisa que alguma vez provei!!
Antes de regressar a HCM passei um dia inteiro em barcos a visitar dois mercados flutuantes. De facto, foram dos únicos mercados deste tipo onde ainda encontrei um comércio autêntico entre os locais. Aqui, ao contrário do mercado flutuante de Bangkok por exemplo (onde os locais já se aperceberam que ganham bastante a vender souvenirs e comida para o turista e por isso deixaram de vender/trocar bens entre eles!), os locais trocam e vendem bens entre eles e o mercado continuaria e existir mesmo que os turistas não o visitassem.
Regressei finalmente a HCM para me re-encontrar com o David, que tinha vindo do Norte do Vietnam para ter comigo. Juntos fomos conhecer a cidade. Visitámos o museu da guerra onde aprofundámos os conhecimentos sobre a dramática guerra do Vietnam, visitámos o palácio comunista e os seus túneis de fuga, e andámos aleatoriamente pela cidade.
Ainda tivemos a oportunidade de jantar com a Rita Lagarto e o Francisco Castro (amigos portugueses) que estavam a viajar pelo Sudeste Asiático.
No dia seguinte de manhã, já com o António Guerreiro e com a Pascaline na bagagem, alugámos um táxi (conduzido pelo Yan Chui) e saímos da cidade para visitar os Chuchi Tunnels. Os Chuchi Tunnels são uma rede de túneis com mais de 200kms que os Vietnamitas construíram para surpreender as tropas americanas na altura da guerra.
A experiência é, no mínimo, arrepiante e claustrofóbica! Passámos não mais do que 5 minutos dentro de um túnel que de tão apertado que era tínhamos de gatinhar para nos deslocarmos. Fomos posteriormente informados que este túnel (preparado para a visita ao público) tinha sido alargado face ao tamanho original. Estes túneis, para além de serem muito profundos, não tinham qualquer tipo de iluminação nem de ventilação.
De seguida, eu e o David decidimos ir disparar as famosos AK-47 a arma mais utilizada na guerra do Vietnam. As armas, para além de pesadas, fazem um barulho tal que não ouvi nada durante a hora e meia seguinte.
Com a visita aos túneis completa, seguimos os 4 para Mui Né, uma estância balnear no sul do Vietnam. Foi aqui que testemunhámos as celebrações do TET (passagem do ano chinês) com a típica dança do dragão. Aproveitámos também para descansar, fazer um pouco de praia, ver as White Sand Dunes e as vilas dos pescadores
Partimos todos para HCM para posteriormente cada um seguir o seu destino. O David foi para a Tailândia, o António e a Pascaline foram para Phu Quoc (ilha Vietnamita) e eu para Singapura.
Tentei fazer um comentario mas acho que não ficou... só a dizer que os toques de bola daqueles são inacreditaveis!!!! Claro que os tuneis e tudo o resto também :) Mts beijinhos
ResponderExcluirÉ inacreditável, eles ficam horas naquilo sem cair no chão... :)
ResponderExcluirDo vídeo há claramente 2 momentos a destacar:
ResponderExcluir- a enorme pena que fez a tua descida na duna
- os pézinhos na dança de Conhé e Garcia
Tens toda a razão, mas para a próxima vamos passar a assinar os comments.
ResponderExcluirok Duarte Guerreiro? lol
grd abraço
Dugue
ResponderExcluiros pezinhos de danca foi uma misto de sapateado com pedra no sapato
respect
Este ano vou um mês para a China em Agosto. Perante a dificuldade de ir ao Tibete, pelos vistos apenas é possível adquirir o visto com uma tour marcada, começo a ter noção da dificuldade de lá ir. É que tal como tu, para mim andar numa tour é uma prisão..e visitar o Tibete nesses moldes é deprimente.
ResponderExcluirIsto tudo para dizer que começo a considerar a hipótese de ir até ao Vietname. Recomendas vivamente ou achas que devo ficar pela China? Uma vez que já tiveste nos dois :D
Abraço
Eu estive na China 3 semanas apenas pois era o tempo de férias que tinha na altura e andei sempre a correr de uma cidade para outra...
ResponderExcluirA China tem argumentos para te manter ocupado por muitos meses :)
Já tens uma ideia do que queres visitar?
Abraço
Sim. Tou a pensar fazer. Pequim-Quingdao (para apanhar um barco para Seul)-regressar de Seul para Shangai-Hong Kong e Macau-Guilin e Yangshu-Tibete-Xian. Isto são os lugares que quero ir, ainda vou ver de mais coisas. Se n conseguir ir ao Tibete tenho que ver alternativas :\
ResponderExcluirParece-me bom programa!!
ResponderExcluirPodes checkar este site, pode ser interessante...
http://www.project39n.com/
e boa viagem!!