sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mingalaba Myanmar/ Burma (para nós Birmania!)

Meus caros leitores, uma breve nota para vos dizer que o atraso no processo de escrita no Last Stop em nada se deve ao meu desleixo, falta de vontade ou pouca paciencia para vos contar as coisas que tenho testemunhado!

Em vez disso, o vosso escritor e amigo foi alvo da censura que o governo deste país impõe a todos os blogs sem excepção. Foi-me assim impossível postar o que quer que fosse enquanto estive na Birmânia...

Agora que me encontro no Vietnam, o Last Stop retorna no mesmo registo a que tem vindo a habituar o leitor amigo, proporcionando todas as emoções possiveis a quem acompanha desse lado, parado, a viagem deste petiz!


O tempo de antena que se segue é da exclusiva responsabilidade das organizações intervenientes! (...seja lá o que isto que isso for!)


Bom, obrigado e assim sendo segue o post:

Para quem não sabe, Myanmar vive sob um regime militar. A população não tem liberdade de expressão, não tem direito ao voto (pelo menos ao voto isento na contagem) e não pode sair do país. Quem se opuser ao regime, sofrerá na pele as consequências...

Ainda estão muito presentes episódios bem conhecidos em que o regime se fez obedecer, como em 2007 em Yangon onde a polícia acabou a carregar sobre os monges, ou o caso de Aung San Suu Kyi (Mulher a quem foi atribuido o Nobel da Paz) que está prisão domiciliária há vários anos e assim continuará... O Last Stop (adoro escrever "O" Last Stop!!) voltará a abordar este tema num post próprio.


Dito isto, de entre todos os países que visitei até hoje, Myanmar é o que me tem surpreendido mais. É impossível passar despercebido nas ruas de Yangon. No meu primeiro dia a passear pela cidade fui constantemente abordado.

- Where are you from?

- Portugal

- Portugal what?!

No entanto as palavras Cristiano Ronaldo ou Luis Figo põem rapidamente o nosso país no mapa!

- ah Pótugé!!! Very good Pótugé

Muitos perguntam se podem falar comigo para treinar o Inglês. Houve um que me pediu o email para trocarmos correspondência. Outro, após falarmos mais de 20 min e de ele ter elogiado os meus óculos de sol, decidi oferecê-los (que me ficaram a fazer bastante falta!!). Já discuti futebol (eu que não percebo muito disso!!) com um monge que adorava o Rui Costa...

De facto o povo tem-me surpreendido bastante, é o primeiro pais que visito onde a população acaba por ser uma atracção em si mesma. Yangon (um melting pot cultural) fez-me lembrar a Índia, mas sem os pontos negativos, pois aqui as pessoas são naturalmente simpáticas sem esperar algo em troca. São mais curiosas e interactivas com o turista que em Punaka ou em Timphu (no Butão). Acredito que no sudeste asiático esta sensação apenas consiga ser superada numa incursão pelo Bangladesh, onde o slogan do país para o turismo neste momento é "Come to Bangladesh before Turists do!".
Considerações à parte, visitar Yangon sem passar pelo Shwedagon Paya é passar ao lado do orgulho do país! O templo é imponente, grandioso e é constituído por 60 toneladas de ouro maciço, por diamantes, rubis e esmeraldas. Os locais visitam o templo pelo menos uma vez por semana, no mesmo dia da semana em que nasceram para dar bom karma. Aqui tive oportunidade de banhar um buda (também quis mimar o meu karma) e de falar com um monge que me deu dicas sobre Yangon e sobre outras cidades e visitar em Myanmar!

2 comentários:

  1. Aguardo o Post em que descrevirás como se sobrevoa de balao os campos de BAGAN!
    Abraço

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  2. loll

    Infelizmente nao tive direito ao famoso passeio de Balao sobre Bagan...

    No entanto, diz quem fez, ha' direito a Champanhe e morangos! Tudo por uns "modestos" 250 euros.

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