Tivemos 2 dias para conhecer os arredores de KTM.
Começamos pelo templo budista Swayambhunath, mais conhecido por "Monkey Temple". Habitado por macacos e situado no topo de uma colina, mesmo por cima da cidade, este templo é uma mistura entre iconografia bodista e hinduista.
De seguida, zarpamos para Patan, onde visitámos a sua espectacular Durbar Square, repleta de templos e palácios, com stupas datadas de 250 AC. Aqui, contratámos um guia, que nos falou um pouco da religião budista e hinduista, ao mesmo tempo que visitávamos os monumentos. O guia explicou-nos o significado de algumas estátuas cheias de simbolismos (representando o rei falecido), mostrou-nos as iconografias de alguns templos com referencias ao Kamasutra (e o objectivo por trás da elaboraçao do famoso livro), contou-nos um pouco da vida do rei na altura e exemplificou algumas das tradições que ainda hoje se mantêm, nomeadamente nos dias festivos.
Ficámos também a saber que, para os nepaleses, os turistas são vistos como a 3ª casta. No nepal, tal como na India, ainda existe um sistema composto por 4 castas. A 1ª é composta pelos "estudiosos/professores,etc" (inteligentes), a 2ª pelos "guerreiros" (corajosos), a 3ª pelos "agricultores/negócio próprio" (independentes) e a 4ª - a casta mais baixa e desprezível - pelos "que trabalham para os outros" (dependentes). Inicialmente, o sistema de castas surgiu para categorizar o papel que cada um tinha na sociedade. Contudo, com o passar do tempo, a atribuição das castas passou a ser hereditária (de pai para filho), acabando por criar injustiças. Tal sistema ainda existe nas mentalidades nepalesas (embora criticado) e lembrou-nos um pouco os "espiritos santos" (apelidos) da vida...
Por último, visitámos Bhaktapur, a 3ª (e mais bem conservada) cidade medieval de KTM Valley, composta por tres major squares (praças) repletas de imponentes templos e cuja arquitectura religiosa é das mais interessantes do Nepal. Adorámos.
Passeámos pelas ruas repletas de nepaleses, maioritariamente artesãos ou agricultores (que vivem dentro da cidade e trabalham na terra à volta), vimos crianças a brincar à apanhada, idosos a jogar no chão e vendedores a aliciar-nos com artesanato local. Por pouco acreditávamos estar na época medieval, tal era o cenário que nos rodeava...
Nenhum comentário:
Postar um comentário