domingo, 22 de novembro de 2009

Goa

Depois de 1 mês e meio a viajar a um ritmo acelerado, sempre acompanhado pela Mj e pela MPI (que como tinham tempo limitado era para aproveitar ao máximo!), decidi rumar ao sul da Índia à procura de praia para "ressacar" não só dos primeiros tempos de viagem, mas também da dura experiência no Rajastão.

Comprei vôo para Goa, no aeroporto marquei o hotel (Dona Florina) e à chegada a Goa com o Taxista Ramos já' tinha alugado uma mota para os próximos dias. Não precisei de muito tempo para perceber que Goa e Rajastão são duas realidades bem diferentes do mesmo pais. A atitude "layd-back" dos empregados do Dona Florina e os sorrisos gratuitos dos locais fazem com que a atemosfera que se respira por aqui seja muito relax! Fiquei com a certeza de que tinha chegado ao sitio certo!

Nos primeiros dias em Goa concentrei-me em fazer o mínimo possivel. Fui à praia, comi, dormi, li, dei pequenas corridas no final do dia e dei passeios de mota pelas redondezas do hotel.


No 3º dia decidi ir até Pajim, capital do estado de Goa, com o intuito de fazer o walking tour do lonely planet. Ainda antes de chegar ao meu destino fui mandado parar pela polícia. Confesso que senti um nervoso miudinho atípico para quem não deve nada à justiça (o facto de ter lido no meu guia que há casos de polícias que colocam substâncias ilícitas nos pertences dos turistas também não ajudou). Lá acabei por ser autuado pelo Sr. Agente por estar a conduzir sem capacete na auto-estrada e por não ter carta de mota... Passado algum tempo, perdido entre desculpas e "não tenho essa fortuna que me pedes", a multa que era de 1.000 rupees (15 €) acabou por ficar em 250 rupees (3,5 €). Com um piscar de olho, uma palmadinha nas costas e um aperto de mão lá nos despedimos e segui com o mesmo capacete e com a mesma carta de mota para Panjim!


Em Panjim pude testemunhar a forte influência portuguesa! Através das inúmeras igrejas que aqui deixámos, dos nomes das ruas escritos em português e em azulejo, dos vários crucifixos espalhados pela cidade...



À tarde segui para Old Goa, a antiga capital do império português. Aqui encontrei mais igrejas portuguesas, entre elas a maior igreja da Ásia. Os nossos antepassados, num esforço de evangelizar a população local, construiram mais de 10 igrejas num espaço mais pequeno que a vila de Sesimbra. O que é certo é que aqui cerca de 80/90% das pessoas são católicas numa Índia com 70/80% de Hindus.
No meio de isto tudo ainda tive tempo para ter um furo no meu motão e por isso tive de empurrar a mota durante 3km até à bomba mais perto!

O plano inicial era ficar em Goa por 3/4 dias. Mas acabei por gostar de estar aqui, conhecer uma família italiana (que vive na Suiça) que me fez ir adiando a minha partida e aproveitei assim para "viajar parado" em Goa durante 3 semanas.

Esta família era constituída pela avó Marie Claire (77 anos), pela mãe Paola (41 anos) e pela pequena Anajana (6 anos).Passado pouco tempo de as conhecer dei por mim a fazer todo o tipo de programas familiares, desde todas as refeições, passeios nas vilas mais próximas, ir aos mercados de f-d-s, ir à praia...etc!

Depois da longa estadia em Goa regressei a Delhi para apanhar o aviao para a Tailandia


Bikinis indianos em Goa

2 comentários:

  1. O tempo aí parece não passar. Ou passa devagar, indianamente devagar.

    Mas vê-se que a ìndia te está a ficar colada ao corpo.

    Um abraço do Rasputine

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  2. É um merecido descanso, ainda mais, porque se seguem umas semanas com João Seabra... e isso sim... será violento e complicado :)

    Abraço

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